quinta-feira, 14 de julho de 2011

A importância das mídias sociais para o rompimento das barreiras geográficas


Não sei em qual década do século XX Marshall McLuhan surpreendeu o mundo quando apresentou o conceito de ALDEIA GLOBAL que em resumo quer dizer “... que o progresso tecnológico estava reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia... O princípio que preside a este conceito é o de um mundo interligado, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, fruto da evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação. Ele enxergou longe.

Reduzindo esse panorama (ou fazendo um "corte") para a minha visão, nada científica e sim meramente observadora, lembro que quando comecei a usar a internet, no início dos anos 90, a conexão (lenta) era discada. Para podermos receber uma ligação era preciso termos pelo menos duas linhas telefônicas, uma para acessar a web e outra para fazer e receber ligações. A grande pergunta era: para que serve a internet? Nessa época era comum tal discussão em salas de aula, no trabalho, em roda de amigos.

Era o máximo criar uma homepage (que custava uma pequena fortuna), praticamente sem nenhuma interatividade com o usuário. As alterações dependiam de técnicos especialistas, demoravam a ficarem prontas, várias empresas foram criadas em virtude desse filão de mercado. Pagávamos para ter um endereço de e-mail. De repente tivemos opção de correio gratuito.

As salas de bate papo e o MSN ganharam uma enorme legião de seguidores. Amizades, namoros, casamentos, traições e, infelizmente, até crimes aconteceram por causa dessa verdadeira revolução nos relacionamentos.

Apareceu uma nova doença: “dependência de internet”. Um novo verbo, dentre outros, foi incluído no nosso idioma: ‘teclar’. Além de lesões por esforço repetitivo (LER) que traz prejuízos econômicos, em virtude do afastamento de funcionários dos seus respectivos trabalhos. São apenas alguns exemplos, basta pensarmos um pouco para encontrarmos muitos outros.

Certo dia eu estava em Salvador “teclando” com Sérgio (em Londres), com Mônica, uma amiga querida (nos Estados Unidos) e outra amiga virtual, sim temos amigos “virtuais” (essa em Lisboa). No meio da “conversa” percebi, ao tempo em que fiquei encantada, o que a internet proporciona em termos de comunicação a baixíssimo custo.

Não darei conta de todas as possibilidades reais que a internet oferece atualmente, mas algumas me veem à cabeça: podemos ler jornais e revistas, escutar rádio, ver TV, baixar filmes, músicas, fotos, comprar uma infinidade de itens (passagens, automóvel, lingerie, eletrodomésticos, ingressos, eletroeletrônicos, etc, etc, etc), estudar, ensinar, divulgar trabalhos, procurar emprego, praticar bullying, aliás, algo novo também e que pode dar processo. O direito precisou se atualizar!

As redes sociais, em minha opinião, foi outro grande passo nesse universo. Novos amigos, assim como desafetos - não poderia ser diferente - e reencontros tornaram-se possíveis. É comum lermos histórias até de parentes que foram encontrados ou se conheceram após anos.

Os blogs também tiveram (e ainda tem) uma grande importância nesse movimento sempre contínuo. Inicialmente utilizados como verdadeiros diários, tornaram-se rapidamente uma nova possibilidade de comunicação inclusive para renomados profissionais em diversas áreas. Tudo rápido e fácil.

O twitter, em sua linguagem telegráfica (alguns mais jovens talvez nem saibam o que seja isso) tem criado situações constrangedoras e alguns famosos, outros completos desconhecidos, até que postem uma opinião bombástica, já se despedem dessa rede pela exposição que ela proporciona. É preciso cuidado nesse mundo “politicamente correto”, mas muitas vezes chato.

Hoje, através das redes sociais, interagimos com pessoas que sequer conhecemos, temos notícias em tempo real de amigos e parentes, estamos próximos das pessoas, não importa em qual região do planeta elas morem! Acho que nem em pequenas aldeias, a depender do momento, as notícias corram tão rápido, as pessoas interajam com tanta simplicidade.

Apesar disso percebo que muitas vezes somos muito mais carinhosos e amorosos virtualmente. Mandamos mensagens, elogiamos, fazemos declarações encantadoras, mas se encontramos pessoalmente nem sempre agimos assim... E nas aldeias reais?

Fica o meu convite a essa reflexão.

Adilma

P.S.: Meu muito obrigada a Victor pela sugestão dessa “pauta” no blog e a Petrúcio pelo pedido!

3 comentários:

  1. Muito legal seu relato, é isso aí.
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Eita ´menina´ pra saber escrever porreta, dava para ir p/ Brogodó e Seráfia também....

    Valeu !

    E como está o NewJoB... responda por e-mail please..

    ResponderExcluir
  3. Quero saber a respeito do trabalho mminha queruda Adilma. beiujos

    ResponderExcluir