terça-feira, 31 de julho de 2012

O dia em que apareceu um OVNI em Delmiro Gouveia




Publicado original em 06 de julho de 2005. Este texto posteriormente foi visto na net por especialistas no assunto e foi solicitada autorização ao autor para publicação no site: Centro de Ufologia Brasileiro. No seguinte endereço http://www.cubbrasil.net/
O texto abaixo é um email (na íntegra) que recebi do Eraldo Vilar (Geólogo da Petrobrás). Ele havia feito um breve comentário num post anterior sobre outro tema. Mas achei o fato tão interessante que solicitei maior detalhamento. O Eraldo se queixa da memória. No entanto o relato está ricamente narrado.Preciso. Com observações de um estudioso no assunto. Eu achei tudo muito fascinante. E certamente está dentro do espírito do blog. O resgate de coisas acontecidas na nossa Macondo sertaneja: Delmiro Gouveia.

EIS O EMAIL DO ERALDO VILAR.
Caro César:
Ok, tentarei descrever o fato com mais detalhes, conforme pediu.
Antes disso, quero dizer que leio, sempre que posso, seu blog, que é uma gostosa forma de voltar aquela terrinha, cujas paisagens e povo, certamente são responsáveis por parte do que hoje somos.
Parabéns, vc escreve muito bem, de forma agradável.
Não desista, temos sido meio preguiçosos (eu e Bráulio, meu amigo e companheiro de profissão e empresa). Tentaremos mandar mais "causos" que venhamos a relembrar.
Quanto ao OVNI: .Eu era adolescente (nasci em 54) e ainda brincava de estilingue, por isso suponho que tinha entre 10 e 13 anos, o que situaria o evento entre 1964 e 1967, com maior probabilidade em 1964, por minhas lembranças. Quando a gente chega aos 50 anos, as lembranças começam a se embaralhar..rs
Meu sonho de criança era ser aviador e sempre gostei muito de ler. Era fascinado pela história da segunda guerra mundial, despertado que fui por uma coleção (acho que da Time) luxuosa do Sr. Eliseu Gomes, pai do Lêlêu, (se não me engano, promotor aposentado) que morava perto do Inss, na praça central.
Era eu amigo do Lêlêu e por meio dele tive acesso aos livros, os quais, detalhavam a batalha da Inglaterra, onde Spitifires e Messerschidmts se digladiaram. Fiquei fascinado.A partir dali, adquiri o hábito de ler sobre aviação, o qual mantenho até hoje, lendo Flap, Força Aérea, etc.
Por adquirir este gosto, passei a ler tudo sobre aviação que me caía nas mãos, tendo chegado até conseguido catálogos de identificação aérea por meio de silhuetas (catálogos onde se vê aviões de guerra e comerciais de frente, lado, frente, trás, cima, por baixo, etc.), de forma que me tornei muito capaz de identificar quase todos os tipos de aviões no céu ( o da fábrica de Delmiro , por exemplo, era um Bonanza, de cauda em "V") , balões juninos, balões metereológicos,helicópteros, etc.
Sempre que ia de férias a Salvador, ia ao aeroporto 2 de Julho, onde pude ver uma gama de aviões que não voavam em Delmiro.
Cito estas coisas para firmar o seguinte: apesar de minha pouca idade, na época, talvez eu fosse a única pessoa capaz de identificar qualquer objeto aéreo que voasse nos céus de Delmiro.
Por isto, nunca tive dúvidas: aquilo que eu (e centenas de pessoas) vimos em Delmiro, naquela noite, não era avião, balão, helicóptero, etc...portanto era um Objeto Voador Não identificado. Se era de outro planeta..não sei..mas, seguramente não era um objeto voador conhecido.
Era início da noite, seguramente entre 18 e 19 hs, pois meu pai sempre jantava nesta hora e sempre jantávamos juntos. Estávamos eu, meus pais e meus irmãos Gildete e Betinho. Lembro-me bem que começamos a ouvir uma gritaria na rua do ABC, onde morávamos (minha irmã Gildete ainda mora na casa, meu pai morreu em 1981 e minha mãe em 2004. Meu irmão Betinho mora em outra casa, por trás dos correios).
A gritaria aumentou muito e despertou nossa curiosidade. Saímos todos à rua e nos deparamos com muitos vizinhos e transeuntes olhando o céu, e falando alto, excitados.
Olhei e vi aquele objeto enorme (dimensões que creio estavam entre 30-50 m, sendo difícil precisar, mas como eu costumava observar o avião da fábrica quando vinha Recife e passava baixo, creio que o OVNI tinha 3 -5 vezes o tamanho do mesmo.
O OVNI estava neste momento uns 150-200 m de altura sobre a casa que hoje mora Maria José Moreira, minha ex-professora de desenho no GVM. Tenho a noção desta altura também por analogia com o comportamento do avião da fábrica, cujo famoso piloto (Nestor) , costumava dar rasantes sobre a rua do comércio, para chamar a atenção do táxi que ia buscar os passageiros no pequeno aeródromo da fábrica.
Deslocava-se lentamente (estimo 5-10 km/h) sem emitir o menor som!.
Vinha do sul para o norte (situando-se em Delmiro uma trajetória do cemitério novo e a igreja da fábrica, ou seja, cruzando 90 graus a rua do comércio), seguindo em direção à Agua Branca.
Passou diretamente sobre minha cabeça, quando pude ver sua forma perfeitamente circular.
A noite estava estrelada, sem nuvens baixas.
Lembro disso porque aquele objeto me propiciou uma visão linda e fantástica. Meu coração queria sair pela boca, pois já tinha lido muito sobre os avistamentos de Ovnis (que começaram a ser relatados em 1954, por Kenneth Cooper, piloto civil que teve um encontro com um OVNI nos céus de um estado americano, se não me falha a memória. E ali estava um OVNI!!..pode imaginar a emoção de meu coração de menino?
Pude notar que a face inferior do objeto, era composta por partes trapezoidais (as bases menores se juntando no centro, formando uma polígono).
A princípio até pensei em balão, mas o gigantismo do objeto depunha contra esta hipótese. Além disso, vi inúmeros balões em minha adolescência, e balões tem um luz bruxuleante típica, causada pela mecha de fogo que aquece o ar e assim o mantém no ar. Neste objeto, percebia nitidamente que a luz interna que iluminava cada trapézio era firme, "fria" (à semelhança da emitida por lâmpadas fluorescentes). Era luz colorida, lembro-me de pelo menos duas cores:vermelha e azul pálidos.
Um outro detalhe ajudou a me certificar de não ser um balão: o vôo era reto, muito linear mesmo e em direção transversa ao vento fraco (mas presente) que soprava naquela noite, fato que lembro bem.
Os trapézios eram circunscritos por uma borda opaca, que dava a forma circular, de matéria opaca, que constituía a borda do OVNI. Esta parte opaca tinha aspecto talvez metálico, enquanto que os trapézios deixavam passar a luz, como se fossem janelas de piso, de observação.
Não se destingiam formas dentro do OVNI, apenas a luminosidade interna, fria e difusa.
Como eu disse, corri para minha casa, peguei meu estilingue e minhas pedrinhas de barro redondas e me juntei aos demais meninos, correndo pela travessa do bar do Zé Toquinho (une a rua do ABC à rua do Comércio) e quando cheguei a esta rua, fiquei embaixo do disco e comecei a atirar nele com o estilingue...rs. Nunca ouvi som, nem modificação no objeto. Nem sei se acertei...era uma excitação que vc pode imaginar..rs
Acompanhei o OVNI, junto com muitos meninos (infelizmente, na minha excitação, não lembro de quem eram, poderiam dar outros depoimentos) até a Igreja da Fábrica, quando parei ( a esta altura, com certo medo) e o vi afastar-se lentamente em direção ao bairro do Bom Sossego e Água Branca.
Engraçado como reagimos a algo que não podemos explicar!..Após todo o alvoroço, voltamos todos para casa , após milhões de comentários excitados, claro...e fomos viver nossas vidinhas...aos poucos, isto se perdeu na poeira do tempo, quase sem registro.
Digo quase, porque nos depois, em 79, no Rio de Janeiro, conversando com um primo meu (Wilson Torres) citei o fato. Para minha surpresa, ele arregalou os olhos e me disse; " Eraldo...fantástico!..eu vi!..estava vindo de carro pela rodovia Garanhuns-Paulo Afonso, indo para Água Branca, onde morava, com amigos, quando vi aquele objeto vindo da direção de Delmiro Gouveia e cruzou sobre nós , seguindo sobre a serra de Água Branca!...
Anos depois, conversando com Bráulio, aqui em Aracaju, contei a história, Para minha surpresa, Bráulio me disse que ouviu história semelhante da sua mãe! ( infelizmente hoje falecida!).
Tenho certeza que muitas pessoas daquela época, e que estavam em Delmiro naquela hora, viram o fenômeno. Porém, estas coisas vão sendo sepultadas pelo tempo e perda de memória e desacreditadas pelo espírito cético que tendemos a ter.
Pois é, caro César...fique a vontade para usar o relato no seu blog. Tomara que alguém mais da época se manifeste. Quando eu for a Delmiro vou saber de meus irmãos se ainda lembram, e te passo um e-mail depois, ok?
Saudações,
Eraldo

Fonte: http://amigosdedelmirogouveia.blogspot.com.br/search?updated-min=2008-01-01T00:00:00-03:00&updated-max=2009-01-01T00:00:00-03:00&max-results=37

Enviado via e-mail de Adilma.

11 comentários:

  1. Para quem viveu a infância e adolescência em Delmiro, um blog interessante a visitar é o
    http://amigosdedelmirogouveia.blogspot.com.br
    Pesquisando nas postagens de anos anteriores e nos meses, possivelmente teremos alguém conhecido e algumas histórias engraçadas.

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  2. Claro, no aipede, aifone, em qualquer lugar. Leitura interessante.

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  3. Se não me falha a memória, teve um tempo que apareceu um disco voador em Delmiro Gouveia, não me pergunte o ano, tem hora que foge até o ano que vim ao mundo kkkkkkk

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  4. Muito interessante o depoimento do rapaz.
    Quando eu era crianca, vi um jegue voador, e o mesmo usava botas brancas e tinha baton na boca e o filho da egua enquanto voava, piscava o olho pra mim e relinchava. So lembro que mandei ele tomar no traseiro fedorento e logo em seguida comprei um quebra-queixo e esqueci da historia. kkkkk

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


    Sergio você é um doidinho mesmo!!!

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    1. Adilma, Netinho se acabou de rir com a ´lembrança imaginária´ de Sergio ! Sempre tem alguem que gosta !!! ahahahahahah

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  6. Graças a Deus porque se não fosse não estaria em Londres!!! Kkkkkkk

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  7. Adilma, acabei de ler.
    Muito legal o relato, vou convencer a Netinho ler também ( meio difícil ), e mais. Pedirei ao mesmo (Netinho), fazer chegar este texto nas mãos das tias de Delmiro, pois, Tia Celina tem uma memória privilegiada, é próvável que a mesma se recorde de algo.

    Em tempo, tive que me valer do Google para saber o que bixiga é macondo !!! ahahah

    Para os ignorantes como eu, tome:


    Macondo é "uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos".
    Assim começa o livro do Gabriel García Márquez, este que é o último grande contador de história .....

    By Wikipedia

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  8. Adilma, Netinho bateu um papinho com Tia Celina, a mesma confirmou que houve realmente um burburinho a respeito deste evento na época. No entanto, ela mesmo não viu nada.

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  9. Eu acredito piamente nessa ocorrência... Afinal não é possível que estejamos sozinhos nesse universo!

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