segunda-feira, 23 de maio de 2011

A grávida da Receita


Em dezembro de 2010 tchia Angelica recebeu uma correspondência da Receita Federal informando que a restituição do imposto de renda dela estava retida por causa de um problema cujos detalhes deveriam ser verificados no site. Segui as orientações contidas na carta que não informava o básico: era preciso, antes de tudo, criar um certificado digital. Fiz tudo e só então descobri que “provavelmente” o valor informado do imposto retido na fonte estava errado.

Baixei o programa e fiz a declaração retificadora. Quatro meses depois, na última semana de abril, nova correspondência, idêntica à anterior, com uma ressalva: Se o contribuinte achasse que estava tudo certo deveria comparecer à Receita. Como achei que estava tudo certo, liguei para agendar um horário de atendimento. Era 29 de abril, uma sexta-feira. A atendente me disse que eu deveria retornar a ligação na segunda-feira, pois não havia mais vagas para o mês em curso e, por isso, só no início do próximo mês.

Na manhã do dia 02 de maio tornei a telefonar, sem êxito: a agenda ainda não estava disponível para Salvador. Ligue amanhã, me disseram. Tornei a ligar no outro dia. Finalmente consegui agendar um horário.

No dia marcado fomos, eu e tchia Angelica, documentos em punho tentar resolver o problema. Na hora marcada (16h30) fomos chamadas. A atendente que nos esperava parecia que estava de mau com o mundo. Cara de poucos amigos, sentada como se estivesse em casa. Mau feita de corpo, barriga toda “quebrada”. A atendente ao lado lendo o site da Revista Cláudia, enquanto dezenas de pessoas esperavam para serem atendidas.

Expliquei o caso para ela que muito impacientemente me disse não poder fazer nada. Eu deveria ter levado a impressão da página na internet que relatava o problema. Isso não estava explicado quando eu fiz a pesquisa, argumentei em vão. Perguntei então se havia uma lan house por perto, eu iria e voltaria com a resposta. Muito a contra gosto a mulher me respondeu que não sabia de lan house nenhuma, tinha um computador para pesquisa pública, próximo dos guichês, mas não tinha impressora. Questionei se eu escrevesse a mensagem ela confiaria em mim. Perguntei ainda o nome dela, que me respondeu com muita má vontade, mas expliquei que ela não usava crachá. Eu já estava retada com ela.

Acessei a página da receita. Felizmente tinha anotado o login e a senha do certificado digital, porque se não fosse assim não conseguiria acessar a página. Anotei a informação e retornamos.

A mulher, ao nos atender, mais uma vez com cara de poucos amigos, me perguntou se eu não sabia ler e puxou o monitor do computador para mostrar que havia um erro e era preciso fazer nova retificação.

Àquela altura eu já estava mais puta da vida com o tratamento dispensado por ela a nós duas. Ainda assim coloquei um sorriso nos lábios e agradeci dizendo: “Muito obrigada pela atenção. Desejo muita sorte a você e ao bebê que está esperando”. Dei as costas e saímos.

Ao cruzarmos a porta diz tchia Angelica: “Adilma, como você percebeu que a mulher estava grávida?”. Grávida?? Respondi, caindo na risada... Ela está é gorda!!! E a essa hora me rogando uma praga...

Saí da Receita com a alma lavada. Minha tchia dizendo que esperava não depender mais daquela funcionária porque certamente ela iria nos tratar pior.

No dia seguinte liguei para a Ouvidoria e relatei o caso. Espero que a “grávida” tenha levado o que merece. Refiz a declaração e vamos aguardar.

Adilma, que gosta de ser bem atendida.

8 comentários:

  1. Adilma, você é demais da conta.
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!

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  2. A primeira coisa que faco quando acordo e' ligar meu celular e checar os "pipis" da chegada de email e logo em seguida entro no Sopa pra ver se tem new posts. Comecei a ler esse post e ate me irritei com a sacanagem da atendente, mas a conclusao do topico me fez rir tanto que decidir que antes de abrir o Sopa pela manha, vou primeiro ao banheiro, do contrario vou fazer na cama mesmo! Adilma, vc e' o maximo!

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  3. AdElma, hoje pela manhã, antes do trabalho fiz um PIT STOP no "JÁ" para solicitar uma LIGAÇÃO NOVA junto a CEAL/ELETROBRÁS do AP NOVO ( Renovatio, vai ter um post exclusivo), hoje deu tudo certo e rápido (ontem estavam em greve). Mas, o que me chamou atenção, foi a atendente do lado, falava o tempo todo e para todos:
    - Pois não, minha LINDA;
    - Tchau, minha LINDA;
    - Bom dia, minha LINDA;
    - Olhe a ficha, minha LINDA;
    - O sistema tá lento, minha LINDA...
    PQPAriu.. tudo era complementado com MINHA LINDA, EM DEZ MINUTOS os meus LINDOS SACOS, já não aguentavam MAIS, é tanto que, por sorte minha, a pessoa que me atendeu ( chamava-se Paula, prática, objetiva e sem fuleragens) percebeu a minha inquietação, só pela minha CARINHA, fez também uma carinha quando escutou mais um "MINHA LINDA"... É isso, tou ficando velho MINHA LINDA !!! ahahahaha

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  4. Aqui na Inglaterra essa mulher ja estaria na rua ou teria que mudar o linguajar. Hoje nao podemos nem usar a palavra "my dear" meu querido, pois pode ser visto com ironia. Nem tampouco a palavra "darling" (querida/querido).
    Posso imaginar essa mulher na cama falando para o marido: Para lado lado direito meu lindo! Vai fundo meu lindo! To goz.... meu lindo! Vc esta gostando meu lindo? Eu no lugar do marido diria: Da pra calar a boca senao nao consigo me concentrar!!! hhahaha

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  5. SOBRE ATENDIMENTO, OU SEJA RECEPÇÃO: fui com yazmin a uma loja chamada pH NO CENTRO DA CIDADE, fiquei um pouco estressada, mais logo logo, resolvir, dei um tremendo tapa no balcão, fui atendida de imediato, não falei nada, só entreguei a nota para pegar o produto que tinha comprado e pago a uma criatura que estava trabalhando na parte de embaladourA E ENTREGADORA, pois é, era um grupo de umas (6) TODAS BATENDO PAPO SEM PRESTAR ATENÇão a chegada dos clitentes, com um simplesssss tapão resolvir, só que Yazmin ficou com vergonha do papelão que fiz isso é falou, eu fiquei tão preocupada, aquedite se quiser fui.

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  6. Essa de Paulo também foi demais, ri que chorei aqui no trabalho.
    KKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!

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  7. Semana passada parei prá comprar caqui, pertinho de minha casa. O vendedor não estava na banca e fiquei um tempo esperando até que veio um rapaz correndo aos gritos:

    - Ôooo minha tia... O que vai querer?

    Respondi:

    - Que não me chame de TIA porque não lhe conheço.

    O cara ficou todo sem graça e emendou:

    - Está certo, tia...

    - Já lhe disse que não lhe conheço. Me trate como SENHORA e assim ficamos bem.

    Adilma

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  8. Paulo,

    A maioria das pessoas que trabalham com atendimento precisam ser bem treinadas, o que não acontece.

    A depender da situação eu faço passar vergonha. Porque é um absurdo esse tipo de coisa.

    O problema é quando ficamos na dependência do sujeito, como foi o caso, se não tivermos sangue de barata temos um ataque cardíaco fulminante!!! Rsrsrsrsrrs

    Adilma

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