segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Uma fábula para reflexão

O post de Paulo contando sobre a cirurgia de tia Dadô me lembrou uma fábula, não sei de qual autoria, que li quando era criança. Nunca esqueci, pois muito me marcou. Em Minas Gerais recentemente usaram essa história para uma campanha de respeito aos idosos. Mas vamos a ela.

Numa civilização muito antiga era costume conduzir os pais, quando velhinhos, para o alto de uma montanha onde ficavam abandonados para morrerem. E assim um homem fez com o seu pai. Era inverno e como o filho era uma boa pessoa, sentiu piedade. Resolveu então levar junto com o pai um cobertor, pois as noites eram muito frias.

Chegando num determinado ponto, o velho não conseguiu mais caminhar, então o jovem resolveu por o pai nas costas. Continuou assim até encontrar uma clareira onde o deixou. Em seguida entregou-lhe o cobertor.

O pai, antes que ele fosse embora, pediu-lhe uma tesoura. E o diálogo prosseguiu.

- Uma tesoura? Perguntou-lhe o filho.

- Sim, uma tesoura. Quero cortar esse cobertor ao meio.

- Mas para quê? Indagou o filho, sem entender direito.

- É para você levar a outra metade e guardar. Quando chegar a sua vez pode ser que seu filho não seja tão bom para você quanto você foi comigo.

O filho, com lágrimas nos olhos, carregou o pai e trouxe-o de volta. Desde então tal costume foi deixando de existir...


Adilma

9 comentários:

  1. Muito lindo mesmo Adilma!
    Quem e' jovem sempre acha que nunca vai envelhecer!

    ResponderExcluir
  2. Que bonito! Muito mesmo.

    Oia, tava vendo um vídeo que um amigo me mandou e lembrei de vc, acho que vc vai gostar
    http://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4

    Legal né?

    ResponderExcluir
  3. Adilma, essa fábula realmente é muito boa, porém a vida, ou seja o que acontece em grande parte das famílias que tem idoso doentes, é cada um falando que faz isso, fz aquilo, não pode, não tem tempo, arranja mil desculpa e cai fora, essa é a pura verdade. E tem mais, isso, é para qualquer pessoa que esteja doente, para farra todo mundo está disposto.

    ResponderExcluir
  4. Daisyanne Jordao Gomes de Sá7 de dezembro de 2010 às 22:07

    Mariairrita, isso é verdade que se diga,kkkkkkkk.

    ResponderExcluir
  5. isso não mentira, eu acredito que alguem ja passou por isso, é uma pena mas minha mariairrita não suporta mentir para agradar a seu ninguem e é isto que mais me cativa.

    ResponderExcluir
  6. Lari,

    Adorei o vídeo, não conhecia. Observe que eles não apresentam os produtos, não precisa!

    A mensagem subliminar é que quem usa os produtos BRASTEMP terá mais tempo livre e pode ter uma rotina mais amena, incluindo a (re)descoberta da fraternidade. Muito legal mesmo!!!

    Uma verdadeira aula de marketing.

    Valeu garota!! Bj!!

    ResponderExcluir
  7. Rita,

    Concordo com você, em parte. Permita-me discordar em pequenos pontos. Uma pessoa, ao envelhecer, parece sedimentar seu estilo, ou seja: quem foi chato na juventude tende a ficar cada vez mais chato enquanto envelhece. Se a gente planta, não tem jeito - vai colher.

    De modo que muitos idosos abandonados tem uma trajetória complicada, muitas vezes a própria pessoa abandonou seus entes ou não os tratou de forma amorosa. O que vai gerar um certo distanciamento e, como consequência, na velhice não terá o conforto da inclusão.

    A fábula não fala de idosos doentes. O simples fato de envelhecer já torna a pessoa exclusa de um convívio social. E ainda tem a questão da gente não criar os filhos para nós mesmos, mas para o mundo.

    Acredito que é preciso, acima de tudo, comprensão, afeto, ternura, dignidade. Mas, tudo isso é uma via de mão dupla.

    Bj!

    ResponderExcluir
  8. * compreensão...

    ResponderExcluir